História da antropometria no Brasil

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Nesse artigo trouxemos um pouco da história da antropometria no Brasil, relatada pelo prof Dr. João Moura nessa live curso. Além disso, vamos ver também alguns dos grandes nomes que construíram essa história. Vem com a gente nessa viagem no tempo!

Os primeiros passos

A primeira pesquisa relacionada a antropometria e composição corporal no Brasil, foi do pesquisador Dartagnan Pinto Guedes. Alguns anos depois o professor Cândido Simôes Pires Neto deu continuidade na área de pesquisa.

Desde 1980, Guedes já publicava artigos relacionados a composição corporal e somatotipia. Em 1985, realizou sua tese de mestrado. Sob orientação do professor Renan Maximiliano Fernandes Sampedro, Guedes analisou a densidade corporal e a espessura de dobras cutâneas em acadêmicos brasileiros.

Coleta de dados antropométricos

Neste mesmo trabalho, Guedes desenvolveu as primeiras equações para população nacional. Ao todo, foram 17 equações desenvolvidas, com a utilização de uma até oito dobras cutâneas como variáveis preditivas.

Em paralelo, o professor Pires Neto, em 1985 publicou um artigo no qual analisou a composição corporal de atletas de handebol no sul do país. Em 1991, Pires Neto concluiu seu doutorado com uma pesquisa sobre a composição corporal de crianças e adolescentes brasileiros.

Anos dourados

A primeira pesquisa dos professores, em 1985, abriu portas para avançar o estudo de equações preditivas do percentual de gordura no Brasil.

Durante os anos 80, 90, e início de 2000, foram publicados muitos artigos e livros com o tema. E além disso, muitos pesquisadores procuravam a temática.

Dessa forma, nesta época houve um “boom” nos trabalhos que validavam ou criavam equações da composição corporal. E também que pesquisavam a composição corporal de grupos específicos.

Um grande número de trabalhos e livros com o tema foram publicados entre os anos 80 e 2000.

O professor Edio Luiz Petroski, em seu trabalho de doutorado em 1995, pesquisou e desenvolveu equações para brasileiros adultos do sul do país. Além de realizar trabalhos de validação de equações para brasileiros.

O professor Marcelo Salem e colaboradores, em 2004, desenvolveram equações para mulheres do exército brasileiro.

O professor Cassiano Ricardo Rech, em 2006, desenvolveu equações específicas para população brasileira idosa. Aniteli e colaboradores, foram ainda mais específicos e desenvolveram equações para mulheres idosas osteopênicas e osteoporóticas.

O professor Anatole Barreto Rodrigues de Carvalho, em 2012 desenvolveu algumas equações preditivas que são utilizadas em conjunto com a bioimpedância.

A maior parte desse trabalhos, foram orientados ou teve a participação do professor Pires Neto.

Uma outra grande pesquisadora que também promoveu um grande número de trabalhos nesses período foi a professora Maria Fátima Glener.

Nos dias atuais…

Após tantos anos de pesquisa e dedicação na área, hoje utilizamos em nossos consultórios e academias, o fruto do trabalho de muitos pesquisadores.

As pesquisas relacionadas a composição corporal não são mais um tema de interesse e focos dos pesquisadores.

Inclusive, com o avanço da tecnologia, hoje temos alguns métodos mais rápidos e precisos para predição de composição corporal, que hoje substituem a antropometria nos trabalhos científicos com nível mais elevado e verba disponível.

Proporções entre perímetros: uma nova estratégia de análise proposta pelo prof Dr. João Moura

Apesar disso, a antropometria ainda apresenta um grande relação custo vs benefício e ainda podemos buscar novas estratégias de análise, como aborda um dos livros do professor João Moura.


No Eksy, você pode acompanhar toda a referência científica de artigos que originaram equações por exemplo.

Conheça agora nossa plataforma, e faça parte também da história da antropometria no nosso país.