A composição corporal é um dos objetos de estudo da morfologia humana.
Com a compreensão da composição corporal, podemos entender o comportamento dos diversos tecidos que compõem o corpo humano, em várias situações.
Ao longo das últimas décadas, em trabalhos científicos e no dia a dia, pode-se analisar por exemplo:
- o efeito de treinamentos e dietas na composição corporal;
- parâmetros da composição no crescimento e envelhecimento;
- riscos a saúde quando há alterações nos padrões da composição corporal;
- repostas metabólicas para variações na composição corporal;
Neste artigo, você vai conhecer um pouco da história dos métodos utilizados para quantificar a composição corporal e alguns dos seus prós e contras.
Dissecção de cadáveres
Esse método consiste em dissecar e separar os diferentes tecidos corporais de um cadáver humano e quantificar seu valor em quilogramas.
Sendo assim, este é um método direto de medição da composição corporal. Pode ser considerado o único nessa categoria, já que a biopsia, outro método, faz análise de pequenas porções de tecidos coletados de pessoas vivas, e análises não relacionadas a composição corporal.
É o método mais preciso possível porém, de difícil aplicação devido a vários protocolos que devem ser seguidos. E também não tem aplicação prática no cotidiano.
Pesagem hidrostática
A pesagem hidrostática foi considerado por muito tempo o padrão ouro para validação das equações de composição corporal.
Esse método consiste em pesar um indivíduo com seu corpo submerso. Desta forma, seguindo o princípio de Arquimedes, podemos determinar a densidade corporal do indivíduo. Utilizando a densidade, calcula-se o percentual de gordura.
A pesagem hidrostática pode ser considerado um método indireto. Apesar de ser bastante preciso, sua aplicação acaba sendo difícil por conta do seu protocolo.
O avaliado deve estar bem habituado ao meio líquido e deve depletar o seu estoque de oxigênio na pesagem. Além disso, é normal que alguns avaliados flutuem e precisem de um peso extra para conseguirem afundar, dificultando a medição correta.
Antropometria
Uma equação preditiva da composição corporal, como o próprio nome diz, estima a quilagem ou percentual de determinado tecido ou de vários tecidos do corpo humano.
As equações surgem através de estudos nos quais são coletados dados antropométricos de uma grande amostra e, a partir desses dados, são utilizados procedimentos estatísticos, como a regressão.
Existem vários tipos de dados antropométricos para as equações serem criadas e aplicadas. Tais como dobras cutâneas, perímetros, diâmetros, estatura, massa corporal, idade, entre outros.
Dessa forma, as equações preditivas, são consideradas um método duplamente indireto para estimativa da composição corporal.
A antropometria, juntamente as equações corporais são considerados o método de melhor custo benefício. Tendo em vista que, depende somente de um treinamento do avaliador e poucos instrumentos para serem utilizadas.
Além disso, o avaliador deve saber também, como selecionar a equação preditiva mais adequada para o seu público.
Bioimpedância
A bioimpedância surgiu em meados dos anos 60 e se popularizou no por volta dos anos 80.
Esse método consiste mensurar em resistência do corpo humano, induzindo-o a uma corrente elétrica imperceptível. Devido as diversos tipos de tecido que compõem o corpo, alguns oferecerão maior ou menor condutividade da corrente.
Assim, é possível mensurar e compartimentar os tecidos do corpo humano.
A impedância (resistência elétrica do corpo), mensurado em ohms (Ω), é aplicado em determinada equação para resultar em tecido livre de gordura, entre outros.
Por tanto, a bioimpedância, também é considerada um método duplamente indireto.
Sua vantagem fica na praticidade e agilidade de medição. Apesar disso, o método tem algumas limitações como:
- Não pode ser aplicado em mulheres grávidas;
- Não pode ser aplicado em portadores de marca-passo cardíaco;
- Complexidade do protocolo pré medição, que podem distorcer resultados caso não realizados corretamente;
- As balanças de bioimpedância comuns, geralmente não mostram a equação que se utiliza, podendo ser está, de qualquer público;
DEXA
O DEXA ou DXA, é a abreviação para absormetria de Raios-X de dupla energia. Popularmente conhecido e utilizado para densitometria óssea.
A técnica consiste em basicamente escanear o avaliado com o aparelho. No últimos anos, com o avanço tecnológico, o DEXA começou a quantificar os demais tecidos também.
Devido a sua alta precisão, se tornou o padrão ouro para análise da composição corporal em trabalhos científicos, substituindo a pesagem hidrostática.
O DEXA é considerado um método indireto para avaliação da composição corporal. Apesar da grande precisão, a sua desvantagem é o seu alto custo para aplicação. Pois esse método necessita de aparelhos e softwares com preços elevados.
Conclusão
Neste artigo você conheceu os principais métodos utilizados para avaliar a composição corporal de um indivíduo. Certamente, os métodos mais acessíveis para o dia a dia do profissional de educação física seriam a antropometroa e bioimpedância.
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